A plataforma de vídeo TikTok se transformou em um grande sucesso na indústria das plataformas de vídeo e conquistou seu espaço neste mercado. É lá que os criadores procuram desenvolver a próxima tendência viral, que muitas vezes tem impulsionado o mercado musical, criando uma conexão de bons resultados em outras plataformas como o Spotify.
Só que segundo uma reportagem da revista Forbes, todo esse sistema está sendo questionado, já que o TikTok supostamente utiliza um botão secreto de “aquecimento” para aumentar a contagem de visualizações de alguns vídeos.
O referido botão de “aquecimento”, que supostamente permite que os funcionários da
ByteDance e TikTok aumentem unilateralmente o total de reproduções dos clipes, adicionando-os aos feeds personalizados dos usuários, recentemente veio à tona em uma matéria produzida pela Forbes, que afirma ter identificado a ferramenta nos bastidores ao dialogar com seis fontes anônimas e revisando vários documentos circulados internamente.
O tal botão que aciona o “aquecimento” é um processo em que os membros da equipe do Tiktok “escolhem secretamente alguns vídeos específicos e sobrecarregam sua distribuição”, como reporta a Forbes.
“O recurso de aquecimento refere-se ao aumento de vídeos no feed For You (Para você) por meio de intervenção de operação para atingir um certo númereo de visualizações de vídeo”, diz um documento interno do TikTok intitulado MINT Heating Playbook. “As exibições totais de vídeos aquecidos respondem por uma grande parte das exibições diárias totais de vídeo, cerca de 1 a 2%, o que pode ter um impacto significativo nas principais métricas gerais”.
Até a publicação da matéria da Forbes, o TikTok não havia divulgado publicamente ou reconhecido que se envolve em “aquecimento”. Em contrates com os rótulos claros que acompanham os clipes patrocinados e anunciados oficialmente, a mídia apresentada no feed For You por causa de um push de um membro da equipe (em oposição à sua adequação percebido pelo algoritmo) não é rotulada como tal, pela matéria da Forbes.
A publicação também aponta que alguns funcionários do TikTok teriam “abusado” do tal privilégio promocional. Esse suposto uso indevido envolvia a elevação do conteúdo das partes responsáveis ou vídeos enviados por seus amigos e familiares e diferentes documentos internos ainda mostram que os funcionários “exercem considerável discrição ao decidir qual conteúdo promover”, diz a revista.
Após a publicação da Forbes, um porta-voz do TikTok se pronunciou, indicando que “o acordo de segurança nacional atualmente sendo considerado pelo CFIUS” tornaria auditáveis “todos os protocolos 4 e processos para promover vídeos nos Estados Unidos”. Além disso, “somente o pessoal do TikTok USDS examinado teria a capacidade de ‘aquecer’ vídeos nos EUA”.
Outro ponto levantado em razão desta descoberta, é que o “aquecimento” acaba levantando várias questões interessantes sobre os termos de licenciamento que o TikTok mantém com as três grandes gravadoras, entre outras.
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