Sir Lucian Grainge, CEO da Universal Music Group (UMG) emitiu um comunicado aos colaboradores da empresa de que “o modelo econômico para streaming precisa evoluir” em 2023.
O executivo do maior conglomerado da indústria musical na atualidade pediu recentemente um modelo reformulado de compensação de streaming em uma mensagem enviada à sua equipe para iniciar o novo ano.
No comunicado, Grainge aponta que, em “muitas vezes”, os ouvintes “são guiados por algoritmos para músicas genéricas que carecem de um contexto artístico significativo, são mais baratas para a plataforma liccenciar ou, em alguns casos, foram encomendadas diretamente pela plataforma”, disse o executivo de 62 anos.
“O que ficou claro para nós e para tantos artistas e compositores – tanto os em desenvolvimento quanto os estabelecidos – é que o modelo econômico para streaming precisa evoluir”, disse Grainge. “Há uma desconexão crescente entre, por um lado, a devoção a esses artistas que os fãs valorizam e buscam apoiar e, por outro, a forma como as assinaturas são pagas pelas plataformas. Sob o modelo atual, as contribuições críticas de muitos artistas, bem como o engajamento de muitos fãs, são subestimados”, explica no documento.
E continua: “Portanto, para corrigir esse desequilíbrio, precisamos de um modelo atualizado. Não é aquele que coloca artistas de um gênero contra artistas de outro ou artistas de grandes gravadoras contra artistas indie ou DIY (“Do It Yourself” – “Faça você mesmo”, em tradução livre). “Precisamos de um modelo que apoie todos os artistas – DIY, indie e major. Um modelo inovador e ‘centrado no artista’ que valoriza todos os assinantes e recompensa a música que eles amam. afirmou o presidente da UMG, cuja empresa está lançando os projetos solo dos membros do BTS. “Um modelo que será uma vitória para artistas, fãs e gravadoras e, ao mesmo tempo, também aprimora a proposta de valor das próprias plataformas, acelerando o crescimento de assinantes e monetizando melhor o fandom.”
Lucian Grainge deixa claro no comunicado à sua empresa de que “a boa música não seja afogada em um oceano de ruído”.
Contudo, há de se observar que a parceria entre a UMG e o Spotify não foi citada na carta de Grainge. Além disso, no inicio deste ano a gravadora foi citada em uma ação coletiva por supostamente reter US$ 750 milhões em royalties de artistas no Spotify.
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