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Vendas de discos de vinil batem recorde e jovens impulsionam números

Relatório da BPI (Britsh Phonographic Industry) revela que 2021 tem os melhores resultados comerciais do formato em três décadas

As pessoas estão mais ouvindo música do que nunca, revela IFPI
Foto: ideoniJunior

Quase todos os dias sou questionado por várias pessoas se realmente o vinil voltou com tudo. A resposta é sempre a mesma: não tenha dúvidas disso. É claro que no mercado brasileiro esse comeback dos bolachões não aconteceu com a mesma intensidade do que lá fora, mas a realidade é que o formato clássico tem sido protagonista há vários anos neste século nas mais variadas listas que indicam, principalmente, o aumento de suas vendas. Em outras palavras, o seu sucesso comercial.

Vendas de discos de vinil batem recorde e jovens impulsionam números

Foto: Divulgação | Freepik

Mas qual o motivo para o renascimento do vinil no século atual? 

Simples: as gravadoras tiveram um grande papel nesse ressurgimento do formato, como campanhas com os seus artistas, que incluem lançamentos exclusivos de álbuns, importantes reedições históricas e campanhas no Record Store Day.

No Brasil, a Polysom, contribuiu bastante para a continuidade do vinil, regravando pérolas nacionais e internacionais em seu catálogo de artistas dos mais variados gêneros musicais.

Agora, a BPI (British Phonographic Industry) aumentou essa lista de “boas notícias” do formato vinil e revelou nesta semana, que as vendas dos bolachões tiveram seu nível de vendas mais alto em 30 anos. Um aumento real no consumo do formato de 8 por cento se comparado à 2020.

São mais de 5 milhões de discos de vinil vendidos neste ano, que é o 14º consecutivo do aumento da preferência do consumidor de música por ele. Isso mostra que seu apelo comercial está mais forte do que nunca e que, grande parte desses consumidores, é justamente a Geração Z – jovens que nasceram entre 1997 e 2012. Em um mercado que trabalha para as plataformas digitais onde a música se tornou intangível, o vinil, esse produto que passou a ser comercializado em 1877, tem sido adquirido ávidamente por este novo público.

A prova disso: Olivia Rodrigo, a maior estrela do pop da atualidade, vendeu 80 mil cópias de vinil de seu disco de estreia Sour e foi diretamente para o topo da Billboard 200, que avalia o desempenho comercial dos álbuns.

Eles não viveram o que chamamos de era do ouro do vinil, que compreende os anos de 1960 e 1980. Para eles é uma nova proposta para ouvirem seus artistas e bandas favoritos, ainda que com uma tecnologia anterior. É algo como um souvenir de seus ídolos, com capa, letras e tudo mais que lamentamos termos perdido, quando o formato deixou de ser preferencial com a adesão mundial ao CD.

Para se ter uma ídeia, a MRC Data, empresa de dados que analisa a performance comercial do mercado fonográfico, observou que mais de 4 mil pessoas com a faixa etária de 13 anos ou mais, foram questionadas durante um período de duas semanas sobre suas influências musicais e 15 por cento delas admitiram que compraram discos de vinil nos últimos 12 meses.

E para quem ainda não acredita que “o vinil voltou”, só nos EUA, as vendas dos bolachões resultaram em US$ 232 milhões em vendas para o mercado local.

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